Segundo o senador Efraim Filho, representante da União-PB, a tributação da folha de pagamentos pegou os empresários de surpresa, causando impactos diretos nos setores afetados. “São setores que já começaram a puxar o freio, a suspender novos negócios, a criação de novas filiais ou a ampliação das estruturas”, destacou o senador.
Dando voz a um sentimento comum entre os presentes, o deputado Domingos Sávio, do PL-MG, salientou que o fim da desoneração terá repercussões imediatas nas empresas a partir de janeiro, afetando a manutenção de empregos em setores como a construção civil, vestuário e calçados.
Por sua vez, o deputado Lucas Redecker, do PSDB-RS, criticou a postura do governo em relação ao tema, alegando que não houve abertura para negociação durante a discussão na Câmara e no Senado. Ele enfatizou que a falta de diálogo prejudicou os setores que não puderam se programar para o ano que vem.
Diante da oposição manifestada pelos parlamentares, o líder do governo, Randolfe Rodrigues, posicionou-se afirmando que o Executivo está ciente da maioria formada pela derrubada do veto tanto na Câmara quanto no Senado. Ele ressaltou a abertura para o diálogo, mas argumentou que os custos da desoneração, estimados em R$ 20 bilhões, não podem ser ignorados, acrescentando que estudos apontam que a medida não resultou na geração de empregos.
A discussão promete se estender, com mais detalhes a serem divulgados em breve. A reportagem foi assinada por Carol Siqueira, com edição de Geórgia Moraes.