Flávio Dino deixa legado no Ministério da Justiça e Segurança Pública: O que esperar do cenário pós-sua saída e as incertezas do governo Lula

No cenário pós-Flávio Dino, a questão que paira sobre o Ministério da Justiça e Segurança Pública é: qual será o futuro desta pasta? O legado deixado pelo ex-ministro é inegável, com muitos feitos à frente do cargo. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública destacou que Dino reagiu com altivez ao ataque em Brasília, combateu o armamentismo bolsonarista, fortaleceu a atuação da Polícia Federal na Amazônia, atuou diante dos ataques violentos no âmbito escolar e abriu frentes de diálogo em várias áreas.

No entanto, é preciso fazer ressalvas aos erros cometidos por Dino. Um deles foi o apoio à nova lei orgânica das PMs, que enfraquece o controle dessas entidades e privilegia mais diploma em direito do que expertise em segurança pública. Além disso, investir nas mesmas soluções ineficazes para o Rio de Janeiro, como a utilização da Força Nacional, também foi um equívoco durante a sua gestão.

Com a saída de Dino, surge a dúvida sobre quem o sucederá no Ministério da Justiça e Segurança Pública. O presidente Lula terá que decidir se colocará um progressista à frente do ministério ou se optará por seguir a mesmice do terraplanismo. Além disso, a decisão sobre a separação ou não da Justiça e Segurança Pública também está nas mãos do presidente.

É importante destacar ainda que Dino deixa uma equipe competente no ministério, mas resta saber se estes quadros continuarão na pasta. A oportunidade criada pela saída do ex-ministro é uma chance para o governo Lula mostrar a que veio na área de segurança pública. Como todo vácuo de poder, a expectativa é que não dure mais do que um dia, e as raposas já estão à espreita do galinheiro.

Assim, o cenário pós-Flávio Dino traz desafios e incertezas para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas também abre oportunidades para que o governo Lula defina sua posição e rumo nesta área tão importante para o país.

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