Durante o debate do texto em plenário, os parlamentares destacaram a importância da renda no combate à evasão escolar, principalmente entre os jovens de baixa renda, agravada pela pandemia de coronavírus.
O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), um dos coautores da proposta, trouxe dados do IBGE que mostram que apenas 41% dos jovens de famílias mais pobres concluem o ensino médio, em contraste com os 98% dos jovens de renda mais alta. Ele ressaltou a necessidade de políticas públicas voltadas para os mais pobres e destacou a urgência de medidas para reverter esses índices alarmantes.
Por sua vez, o deputado Rafael Brito (MDB-AL) lembrou que o estado de Alagoas já implantou com sucesso um programa semelhante, o “Cartão Escola 10”, e destacou que o incentivo estudantil é uma experiência transformadora que elevará a educação ao patamar que merece.
Outro ponto levantado foi a importância da criação de políticas de permanência tanto no ensino médio quanto no ensino superior, uma vez que muitos jovens precisam conciliar estudos e trabalho devido a necessidades econômicas.
A proposta foi negociada com diversos partidos, e o relator acolheu todas as vertentes. A presença de representantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) durante a votação da proposta foi destacada, ressaltando que o auxílio financeiro seguirá critérios objetivos e terá reflexos em outros setores.
No entanto, houve também críticas à proposta. O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) criticou a política de educação do governo atual e defendeu que o auxílio esteja vinculado à frequência escolar.
A sessão na Câmara dos Deputados ainda está em andamento e, em breve, mais informações serão divulgadas.
A reportagem é de Carol Siqueira, e a edição é de Pierre Triboli.