Mercado de trabalho e estudo: 10,9 milhões de jovens estavam ociosos em 2022, revela IBGE em pesquisa inédita.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), no ano passado, 10,9 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 anos, o correspondente a 22,3%, não estudavam, nem trabalhavam, marcando o menor valor absoluto da série histórica iniciada em 2012. Isso representa uma redução em relação aos anos anteriores, em que o menor valor havia sido apurado em 2014, com 11,2 milhões de jovens nessa condição.

O total de jovens vem se reduzindo na população brasileira, com uma diminuição de 5,9% entre 2012 e 2022, somando 48,9 milhões de pessoas. Esta redução está em consonância com o processo de envelhecimento populacional no país. E, considerando exclusivamente esses dois anos, o total de jovens que não estudavam e não estavam ocupados caiu de 11,3 milhões, em 2012, para 10,9 milhões, em 2022, uma queda de 3,6%.

Em relação ao perfil desses jovens, a pesquisa mostrou que a maioria estava distribuída entre mulheres pretas ou pardas, representando 43,3%, seguido por homens pretos ou pardos, com 24,3%, mulheres brancas, 20,1%, e homens brancos, com 11,4%. Além disso, 4,7 milhões de jovens não procuraram trabalho, nem gostariam de trabalhar, sendo que 2 milhões eram mulheres cuidando de parentes e dos afazeres domésticos.

De acordo com o IBGE, o investimento público em educação tem sido um fator determinante para atrair os jovens para a continuidade dos estudos, mesmo em tempos de crise econômica. Isso contribui para a aquisição de qualificações que podem reduzir a vulnerabilidade no mercado de trabalho no futuro.

Além disso, a pesquisa também revelou desigualdades no mercado de trabalho, como o rendimento-hora da população ocupada branca sendo 61,4% maior do que o da população preta ou parda em 2022. E, 40,9% dos trabalhadores do país estavam em ocupações informais, com taxas mais altas entre mulheres pretas ou pardas e homens pretos ou pardos.

A análise das condições de vida da população brasileira indica a necessidade de políticas e ações específicas para lidar com as questões levantadas, como a desigualdade no mercado de trabalho e a necessidade de incentivo à educação para os jovens. A atenção a esses aspectos pode contribuir para a redução do índice de jovens que não estudam, nem trabalham, e para a melhoria das condições de vida no país.

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