Esses estudantes foram os únicos representantes de escolas públicas do Brasil no evento e foram escolhidos por terem cultivado no laboratório da escola microalgas da espécie Chlorella sorokiniana, responsáveis pela transformação de dióxido de carbono em oxigênio em grande escala. O “aquário” de 15 litros utilizado para a cultura das microalgas foi um dos destaques do projeto e chamou a atenção da Unesco.
Gustavo Batista, um dos alunos envolvidos no projeto, expressou sua satisfação em representar a escola pública do Brasil em um evento de destaque internacional. Ele ressaltou o orgulho em contribuir com um sistema pioneiro de cultivo de microalgas em uma escola pública, algo que era recorrente em universidades, mas não na educação básica. A diretora da escola, Lucinei Tavoni, também destacou a importância do feito dos alunos e ressaltou a capacidade dos estudantes das escolas públicas na produção de conhecimento e trabalho científico.
O projeto dos estudantes chamou a atenção da Unesco pela alta produção de algas com baixo investimento e o contexto em que foram cultivadas, ou seja, em um laboratório escolar. Além disso, os estudantes contaram com o apoio da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, da Diretoria Regional de Ensino de São Paulo e foram selecionados pela Finep, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para participarem da COP28.
Portanto, a participação dos alunos dessa escola estadual na COP28 representa um grande feito para a escola pública brasileira. Eles conseguiram desenvolver um projeto inovador e com impacto ambiental positivo, provando que a criatividade e a busca por soluções sustentáveis não têm limites, especialmente quando se trata do envolvimento dos estudantes. A participação deles na conferência internacional servirá para inspirar outros alunos e professores a se envolverem em projetos que busquem soluções para os desafios ambientais globais.