Paulo Rená, ativista da Coalizão de Direitos na Rede, ressaltou que o tema do PL 2.630 tem estado momentaneamente adormecido no Congresso Nacional, mas é esperado que retorne no próximo ano, devido à proximidade das eleições municipais. No entanto, Rená expressou que as propostas apresentadas até o momento podem ter eficácia limitada, apontando para a complexidade de lidar com a desinformação de maneira responsável e eficiente.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) também abordou a importância de ampliar o debate, destacando a necessidade de incluir a luta pelo financiamento do jornalismo público e plural na questão das Fake News e do monopólio das Big Techs. Ele mencionou as diversas possibilidades de abordagem, incluindo a tributação das grandes empresas de tecnologia, a criação de fundos públicos e acordos de cooperação entre as Big Techs e empresas jornalísticas.
O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, apresentou a perspectiva do governo em relação ao financiamento do jornalismo e às medidas de combate à desinformação, ressaltando a importância da educação midiática e destacando os esforços do governo federal nessa área.
Além das discussões sobre o PL 2.630, o seminário também abordou questões internacionais relacionadas ao combate à desinformação, incluindo uma recente declaração conjunta com a Alemanha com foco no tema e a participação do Brasil no G20 para debater a integridade da informação.
O evento continua com atividades ao longo da tarde e amanhã (6), com transmissão no YouTube do Intervozes e da Coalizão de Direitos na Rede. Este seminário é uma oportunidade relevante para estimular o diálogo e a busca por soluções eficazes no enfrentamento da desinformação e na promoção de uma comunicação mais plural e democrática.
