Mulheres agredidas terão direito ajuizar ações de família em Juizados de Violência Doméstica e Familiar – Comissão aprova proposta.

Na última terça-feira, dia 4 de dezembro de 2023, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta do Senado Federal que garante às mulheres vítimas de violência doméstica o direito de optar pelo ajuizamento de ações de família, incluindo separação e guarda dos filhos, nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar. Essa proposta é um substitutivo da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) ao Projeto de Lei 3244/20.

Essa medida visa garantir proteção e celeridade nos processos para as mulheres que enfrentam situações de violência doméstica. Além disso, o texto aprovado também inclui a separação de corpos entre as medidas protetivas de urgência que o juiz poderá decretar para proteger a vítima.

Com a aprovação da proposta, as Varas de Família do domicílio da vítima ou o próprio Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher serão competentes para julgar ações, incluindo partilha de bens, pensão alimentícia, guarda dos filhos, visitação e reconhecimento da paternidade, por opção da ofendida.

A deputada Laura Carneiro justificou a recomendação de aprovação da proposta, destacando que as modificações trarão vantagens para as mulheres vítimas de violência, em especial no que diz respeito à celeridade dos processos.

A proposta agora será analisada pelas comissões dos Direitos da Mulher e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Após essa etapa, seguirá para votação pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Esta é uma medida importante no combate à violência doméstica e representa um avanço na garantia dos direitos das mulheres que enfrentam essa situação delicada. A aprovação da proposta representa um passo significativo na busca por mais proteção e justiça para as vítimas de violência doméstica.

A expectativa é de que a proposta avance nas próximas etapas da tramitação e que seja colocada em vigor o mais breve possível, visando a proteção e amparo para as mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade. Esse avanço legislativo é um reflexo do compromisso em garantir o bem-estar e a segurança das mulheres em nossa sociedade.

Emanuelle Brasil – Reportagem
Ana Chalub – Edição

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo