Durante o debate, a prefeita de Ibirajuba, Maria Izalta, compartilhou suas experiências e dificuldades enfrentadas na vida política. Ela relatou ter sofrido bullying durante sua campanha em 2020, onde comentários foram feitos sobre seu peso e houve tentativas de desqualificá-la. Além disso, a prefeita revelou que seu vice-prefeito foi uma das primeiras pessoas a romper com ela, demonstrando a resistência que enfrentou de forma mais próxima.
A deputada Daiana Santos, do PCdoB-RS e uma das coordenadoras do Observatório Nacional da Mulher na Política, explicou que o objetivo dos debates é dar voz às mulheres e oferecer soluções para as situações de violência política enfrentadas por elas. Ela ressaltou a importância de abordar a saúde mental das mulheres, afetada pelas constantes agressões que muitas vezes as fazem desistir de participar da vida política. Santos também enfatizou a necessidade de trabalhar em prol de políticas públicas inclusivas que garantam o acolhimento dessas mulheres.
Além das experiências relatadas pelas participantes, a psicóloga Lenir Soares chamou a atenção para formas de violência que muitas vezes passam despercebidas. Ela destacou que a violência contra as mulheres pode se manifestar de maneiras sutis, como a manipulação psicológica, interrupção da fala e apropriação das ideias, causando um impacto significativo na saúde mental e emocional das vítimas.
Em suma, o debate sobre o acolhimento psicológico das mulheres vítimas de violência política promovido pelo Observatório Nacional da Mulher na Política foi um marco inicial para uma série de discussões que visam trazer à tona questões fundamentais para a participação das mulheres na política. Espera-se que essas conversas resultem em mudanças significativas e políticas públicas mais inclusivas para garantir o acolhimento e proteção das mulheres nesse ambiente.
