O debate proposto por nove deputados, incluindo Kim Kataguiri (União-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e Carlos Jordy (PL-RJ), pretende esclarecer a presença de Luciane Barbosa Farias em reuniões oficiais no Ministério dos Direitos Humanos, bem como seu envolvimento com o crime organizado. A esposa do suposto líder do Comando Vermelho teve suas passagens e diárias pagas pelo governo para participar de encontros sobre combate à tortura, o que gerou questionamentos sobre a capacidade do ministério em identificar vínculos de terceiros com o crime organizado.
Os parlamentares que sugeriram o debate desejam que o ministro Silvio Almeida explique os protocolos de segurança adotados pela pasta para garantir a idoneidade dos terceiros com os quais se relaciona, além de esclarecer o financiamento de agentes do crime usando dinheiro público. Eduardo Bolsonaro ressaltou que o encontro de Luciane Barbosa Farias com a coordenadora de gabinete da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos foi registrado por ela nas redes sociais, o que levantou questionamentos sobre a capacidade do comitê presidido pelo ministro de Direitos Humanos em identificar a ligação da esposa do suposto líder do Comando Vermelho com o crime organizado amazonense.
A presença de Luciane Barbosa Farias em reuniões oficiais e o financiamento de suas despesas pelo governo geraram críticas e questionamentos por parte dos deputados, que esperam esclarecimentos e desculpas do ministro à sociedade. A audiência, que promete ser um momento de intensos questionamentos e cobranças, será um importante passo para esclarecer as ações do Ministério dos Direitos Humanos e garantir transparência nas relações e financiamentos envolvendo terceiros ligados ao crime organizado.