De acordo com o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), a deficiência de micronutrientes no país pode ser constatada pela alta taxa de anemia na população, com 20,9% das crianças menores de 5 anos e um índice ainda maior de 24,1% entre as faixas etárias de 6 a 23 meses. Além disso, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil de 2019 revelou que metade das crianças em idade pré-escolar (6-59 meses) e 2/3 das mulheres não grávidas em idade reprodutiva (15-49 anos) apresentaram alguma forma de deficiência de micronutrientes.
Diante desse cenário, a fortificação do arroz se apresenta como uma estratégia eficaz para melhorar a saúde da população e aumentar a ingestão de micronutrientes. Estudos têm comprovado a eficácia e a aceitabilidade do consumidor em relação ao arroz enriquecido, especialmente devido ao arroz ser um componente essencial da dieta de várias culturas.
Como forma de enriquecer ainda mais o debate, a comissão convidou uma lista completa de especialistas e autoridades no assunto. A discussão está agendada para as 10 horas no plenário 6.
A fome oculta é um problema que afeta significativamente a qualidade de vida da população brasileira, e o debate sobre a adoção do arroz enriquecido como estratégia para combatê-la é de extrema importância. A partir dessas discussões, espera-se que medidas efetivas sejam tomadas para enfrentar esse desafio nutricional que afeta milhões de brasileiros em todo o país.
Com promessas de um debate esclarecedor e informativo, a expectativa é que a questão do arroz enriquecido e seu papel no combate à fome oculta ganhe destaque nas políticas públicas de saúde e nutrição do Brasil. Permaneceremos atentos a quaisquer desdobramentos ou decisões resultantes desse importante encontro na Câmara dos Deputados.