TRT constata descumprimento da decisão judicial e metroviários podem enfrentar multa de R$ 1,4 milhão

Nesta terça-feira (28), foi enviado um oficial de Justiça pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ao Centro de Controle Operacional do Metrô para conferir se o Sindicato dos Metroviários havia cumprido a decisão judicial que determinava o funcionamento de 80% do sistema nos horários de pico e 60% nos demais horários. A visita ocorreu às 7h, e foi constatado que as linhas estavam funcionando parcialmente devido à adoção de um plano de contingência da companhia, confirmando o descumprimento da determinação judicial.

Segundo o relatório do oficial de Justiça, o funcionamento avaliado foi de 10,53% na estação, 2,36% no tráfego e 7,47% na segurança. O oficial destacou que, em condições normais, a Companhia teria transportado cerca de 1.132.000 passageiros até as 11h, mas, devido à greve, o Metrô transportou apenas 132.400 passageiros.

Diante do descumprimento, o oficial de Justiça pediu a majoração do valor da multa de R$ 700 mil para R$ 1,4 milhão no caso de os metroviários não cumprirem a decisão judicial no horário de pico da noite, quando haveria nova diligência. No entanto, o desembargador Marcelo Freire Gonçalves negou o aumento, alegando que não havia tempo hábil para o sindicato cumprir o mínimo de funcionamento, mas determinou o novo valor da multa em caso de continuação da greve.

A greve foi programada por metroviários, ferroviários, professores e servidores da Fundação Casa e da Sabesp, porém a adesão e a sensação de transtorno foram menores do que em paralisações anteriores. Pelo menos 88% dos funcionários do Metrô aderiram à paralisação, com planos de contingência implantados pelas companhias.

Os serviços de trem e metrô operaram parcialmente durante a manhã, com adesão menor entre os metroviários. De acordo com o governador Tarcísio de Freitas, 70% do efetivo da CPTM compareceu ao trabalho e, na Sabesp, o efetivo foi de 80%. Em comparação com a mobilização do dia 3 de outubro, houve uma adesão menor nesta greve, com as linhas públicas operando parcialmente.

O embate entre o Sindicato dos Metroviários e as autoridades continua, enquanto a população é impactada pela paralisação dos serviços de transporte público em São Paulo. A greve continua a ser motivo de tensão e negociações entre as partes envolvidas.

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