No entanto, a ONU considera que a ajuda ainda precisa ser reforçada e defende a abertura da passagem de Kerem Shalom entre Gaza e Israel, que tem sido essencial para a entrada de suprimentos no enclave palestino. Até o início da guerra, em 7 de outubro, Kerem Shalom era o principal ponto de entrada de mercadorias em Gaza. No entanto, Israel fechou todas as passagens com a Faixa de Gaza, restringindo a entrada de ajuda apenas pela fronteira com o Egito, em Rafah, o único ponto não controlado pelas autoridades israelenses.
Segundo o relatório do Ocha, a passagem de Kerem Shalom é essencial para a entrada de ajuda humanitária no norte de Gaza, onde permanece um número considerável de civis e o acesso tem sido impossível há semanas. Além disso, o relatório destaca que a ajuda que tem chegado inclui pequenas quantidades de combustível, que foram entregues às instalações de produção de água.
A ONU também está orientando a população sobre o perigo dos restos de explosivos, uma vez que as pessoas têm aproveitado a trégua para se deslocar de um lugar para outro, incluindo áreas que podem estar contaminadas.
A Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islâmico Hamas desde 2007, tem sido alvo de intensos ataques por parte de Israel desde o início da guerra em outubro. Até o início da trégua, os ataques do Exército israelense na Faixa de Gaza tinham matado mais de 14 mil pessoas, de acordo com o Hamas. A trégua, que começou na sexta-feira e foi prolongada por dois dias, tem como objetivo permitir a troca de reféns do Hamas por palestinos presos em Israel, além de possibilitar a entrega de ajuda humanitária em Gaza.
A ação da ONU e de outras organizações humanitárias é fundamental para garantir que a população civil de Gaza receba a assistência necessária durante a trégua, apesar das dificuldades impostas pelo conflito na região.