Comissão da Câmara dos Deputados aprova prazo de um ano para empresas se adequarem à eficiência energética em bens de informática

Na última quarta-feira, 27 de novembro de 2023, a Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que estabelece um prazo de um ano para que as empresas fabricantes, importadoras ou distribuidoras de bens de informática se adaptem aos requisitos ambientais e de eficiência energética. O prazo terá início após a definição dos indicadores de eficiência energética específicos para o bem de tecnologia da informação e comunicação (TIC).

A medida, que consta no Projeto de Lei 1458/22, de autoria do ex-deputado Márcio Macêdo (SE), recebeu parecer favorável na forma de substitutivo, elaborado pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP). O texto original do projeto previa a adequação às normas editadas pelo Poder Executivo sobre limites máximos de consumo de energia ou mínimos de eficiência energética. No entanto, o relator rejeitou o substitutivo adotado na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, argumentando que a proposta poderia se tornar uma “norma em branco”, ao abranger no mesmo padrão de eficiência energética produtos da linha branca, como geladeiras e fogões, bem como veículos elétricos.

“Para produtos com novas tecnologias, é preciso entender que existe uma dificuldade intrínseca para o estabelecimento de requisitos ambientais e, principalmente, de requisitos de eficiência energética próprios”, afirmou Tatto. “Isso porque a inovação não tem os mesmos parâmetros de eletrodomésticos consagrados no mercado, como os selos do Inmetro destinados a geladeiras, condicionadores de ar, máquinas de lavar, televisores e lâmpadas”.

Diante disso, o relator estabeleceu que os produtos de TIC devem obedecer a requisitos ambientais e de eficiência energética específicos. O texto aprovado também isenta da medida os bens que não disponham de parâmetros para comparação da sua eficiência energética. Além disso, a versão aprovada altera leis relacionadas à Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Lei de Licitações e Contratos Administrativos.

O projeto agora segue em tramitação e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania, podendo ainda ser encaminhado para o Plenário. A proposta tem como objetivo incentivar a adequação dos bens de informática a critérios ambientalmente sustentáveis e de eficiência energética, acompanhando as tendências de mercado e as demandas por práticas mais sustentáveis.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo