Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, 77% das vítimas de homicídio e 84% dos mortos em ações policiais eram negros, o que evidencia a gravidade desse cenário. Durante a audiência, Rafael Moreira da Silva, representante do Ministério dos Direitos Humanos, destacou que a condição de vida de um sobrevivente não permite a plenitude e felicidade, considerando que em um país que mata quase 40 mil negros por ano, os sobreviventes são apenas uma parcela dessa população.
Yuri Silva, representando o Ministério da Igualdade Racial, abordou o Plano Juventude Negra Viva, que está prestes a ser lançado pelo governo. O plano visa vincular a pauta de juventude negra com os próximos planos plurianuais, buscando tornar essa uma prioridade institucionalizada no governo federal.
Além disso, a assessora especial do ministério da Justiça, Tamires Sampaio, apresentou o Pronasci Juventude, um programa de prevenção à morte violenta de jovens que envolve a formação em direito e a capacitação profissional, visando a inclusão produtiva. Para o deputado Paulão, do PT-AL, é fundamental repensar a estrutura de segurança, melhorando a formação dos policiais e buscando uma relação menos conflituosa entre a polícia e a população.
Diante desses relatos e propostas, fica evidente a urgência de um pacto republicano pela redução dos homicídios de jovens negros no Brasil. A audiência representou um importante espaço de reflexão e debate sobre um dos problemas mais graves que assolam o país, abrindo caminho para a busca de soluções e a atuação efetiva das autoridades governamentais. A temática, que afeta de forma desproporcional a população negra, exige um compromisso sério e efetivo por parte das instâncias de poder, a fim de promover uma mudança real e significativa nesse cenário.
Reportagem – [Nome do jornalista] Edição – [Nome do editor]
