Câmara dos Deputados aprova prorrogação de incentivos fiscais para Sudene e Sudam, enquanto Sudeco fica de fora do benefício.

Nesta quarta-feira (22), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4416/21, que prorroga os incentivos fiscais para empresas localizadas nas áreas de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) até 2028. O projeto é de autoria do deputado Júlio Cesar (PSD-PI).

No entanto, a emenda do Senado que estendia o benefício para empresas situadas no Centro-Oeste, área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), foi rejeitada pelos deputados. Esta questão gerou debate entre os parlamentares, com críticas à exclusão do Centro-Oeste dos benefícios fiscais.

O incentivo para empresas nas áreas da Sudam e da Sudene existe desde 2000 e foi prorrogado para 2028. Segundo estimativas da Receita Federal, em 2023, a desoneração será de R$6 bilhões na Sudam e R$8,5 bilhões na Sudene.

O relator da matéria, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), argumentou que a emenda rejeitada não tinha previsão do impacto orçamentário, destacando a inconstitucionalidade da proposta para a Sudeco.

A rejeição da emenda e a exclusão do Centro-Oeste dos incentivos fiscais foram criticadas por alguns deputados, que argumentaram que a política fiscal brasileira cria desigualdades regionais e não olha para o todo de forma equitativa. Defensores da medida, por outro lado, destacaram que a redução dos incentivos fiscais poderia gerar migração de empregos do Norte e Nordeste para o Sul e Sudeste, criando cidadãos de segunda categoria.

A discussão em torno da prorrogação dos incentivos fiscais reflete a complexidade da distribuição de recursos e benefícios no país, com diferentes perspectivas sobre a melhor abordagem para promover o desenvolvimento regional.
Para mais informações, entre em contato com os autores da matéria Eduardo Piovesan e Carol Siqueirano, e com o editor Francisco Brandão.

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