De acordo com dados divulgados pelo IBGE, a maioria das pessoas que não utilizaram a internet em 2022 eram pouco instruídas ou idosas. Os entrevistados relataram não acessar a rede por não saber utilizá-la (47,7%) e por não sentir necessidade de fazê-lo (23,5%).
Para o secretário-substituto de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Pedro Lucas Araújo, os dados do IBGE indicam uma carência de letramento digital na população, sugerindo que essas pessoas não enxergam valor na utilização da internet.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, concordou com a necessidade de superar as lacunas na inclusão digital no Brasil. Em agosto, o ministério lançou o Programa Conecta e Capacita, com o objetivo de expandir e melhorar a qualidade da conectividade e capacitar a população para lidar com a tecnologia. O programa foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que, segundo a ministra, significa que será algo monitorado pelo presidente da República.
A representante do Ministério da Educação (MEC), Ana Fabbro, defendeu a universalização da conectividade nas escolas públicas. Ela ressaltou que a desigualdade de acesso à internet pode aumentar a desigualdade na educação de forma geral. Em setembro, o governo lançou um programa para promover o acesso à internet de qualidade nas mais de 138,3 mil escolas de educação básica do Brasil até 2026.
A presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, deputada Luisa Canziani, destacou a importância da melhoria da infraestrutura da rede para garantir uma rede estável e de alta velocidade, fundamental para que os cidadãos explorem as funcionalidades e aplicações disponíveis nos mais variados campos.
Por sua vez, o presidente da Comissão de Comunicação, deputado Amaro Neto, reforçou que o investimento em TICs é uma das agendas mais importantes do país, afirmando que a retomada da economia depende, mais do que nunca, do incentivo à conectividade e inovação tecnológica.