O coordenador-geral é o deputado Damião Feliciano (União-PB), a 1ª vice-coordenadora é a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), a 2ª vice-coordenadora é a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e a 3ª vice-coordenadora é a deputada Silvia Cristina (PL-RO). Além disso, a nova resolução garante à bancada negra o direito de votar na reunião de líderes em que o presidente da Câmara define a pauta de votações da Casa.
Em uma solenidade no Salão Verde, o deputado Damião Feliciano enfatizou a importância da criação oficial da bancada negra como um feito “enorme e extraordinário”. Segundo ele, a bancada irá lutar por uma política de transformação e de Justiça para a população negra e parda, que corresponde a 57% dos brasileiros.
A deputada Talíria Petrone também ressaltou que a criação da bancada negra amplia o espaço disponível na Câmara para debater pautas de interesse de negros e pardos. Segundo ela, “parlamentares negros terão um espaço institucional para organizar as lutas e demandas da população negra, com voz e voto no colégio de líderes, incidindo sobre as matérias que serão votadas no Parlamento”.
Além disso, o deputado Antonio Brito (PSD-BA), que foi relator do projeto de resolução 116/23, afirmou que a nova bancada aumenta a visibilidade dos negros na política. Já a deputada Dandara (PT-MG) destacou que a formalização da bancada negra na Câmara dos Deputados é um movimento plural e representativo. Por fim, a deputada Gisela Simona (União-MT) relacionou a instalação da bancada negra com o Dia da Consciência Negra, considerando o marco histórico importante não só para o povo negro, mas para toda a sociedade brasileira.
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, símbolo da luta dos africanos contra a escravidão no Brasil colonial. A formalização da bancada negra na Câmara dos Deputados representa um avanço na representatividade da população negra na política brasileira.