Programa para reduzir filas da Previdência terá prazo de nove meses, prorrogáveis por mais três em caso de necessidade

Hoje, 16 de novembro de 2023, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 14.724/23, que estabelece o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), cuja principal meta é reduzir o tempo de análise de processos administrativos e a realização de exames médico-periciais no INSS. O texto foi publicado no Diário Oficial da União.

O PEFPS terá prazo de duração de nove meses, prorrogáveis por mais três em caso de necessidade. O programa abrangerá os processos com prazo de análise maior que 45 dias ou cujo prazo judicial de análise tenha expirado.

Além disso, a nova legislação concede reajuste salarial para policiais e bombeiros do Distrito Federal e prorroga contratos de pessoal da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para evitar a descontinuidade em trabalhos de assistência à saúde para povos indígenas.

Contudo, a lei recebeu oito vetos do presidente, todos relacionados ao reajuste para os militares do Distrito Federal. Entre os pontos retirados da lei está o que reajustava o auxílio-moradia dos policiais e bombeiros. Lula justificou que o reajuste deveria ter sido feito por meio de uma lei específica de iniciativa do Poder Executivo. Também foi vetado o dispositivo que permitia a cessão de militares e policiais civis do DF para cargos comissionados ou de confiança no Poder Legislativo.

Todos os vetos serão analisados pelos parlamentares em sessão conjunta da Câmara e do Senado a ser marcada.

O Ministério da Previdência Social poderá utilizar a telemedicina na perícia médica em municípios com dificuldade de provimento de médicos peritos ou tempo de espera elevado. O uso da telemedicina também poderá ocorrer conforme situações e requisitos definidos em regulamento. A estimativa do governo é que o programa custe cerca de R$ 129 milhões em 2023 e igual valor em 2024.

O PEFPS foi oriundo do Projeto de Lei 4426/23 aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado. Agora, cabe aos parlamentares analisarem os vetos do presidente e acompanharem a implementação do programa que visa beneficiar a população que aguarda análise de processos administrativos e exames médico-periciais no INSS.

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