Lisa Cook, do Fed, afirma que pouso suave da economia dos EUA é possível com queda da inflação e preservação do mercado de trabalho

A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Lisa Cook expressou otimismo em relação a um possível “pouso suave” da economia dos Estados Unidos, desde que a inflação continue em queda e o mercado de trabalho se mantenha forte. Durante seu discurso de abertura na Conferência da Cooperação da Ásia-Pacífico (Apec), a dirigente destacou a importância de monitorar de perto os dados econômicos para evitar um resfriamento desnecessário.

No entanto, Lisa Cook também apontou que a economia ainda enfrenta riscos de desaceleração excessiva, observando um potencial esgotamento das reservas das famílias, que tem sido um dos fatores responsáveis pela resiliência da economia. Além disso, ela alertou para um aumento na inadimplência de empréstimos e nos cartões de crédito, indicando a necessidade de encontrar um equilíbrio entre medidas preventivas e uma postura cautelosa.

O foco do Fed continua sendo o retorno da inflação para a meta de 2% ao ano, e Lisa Cook destacou que os indicadores apontam para uma normalização do mercado de trabalho. No entanto, ela ressaltou a importância de manter essa postura cautelosa até que haja uma redução sustentada da inflação.

As declarações da diretora do Fed surgem em um momento de incerteza econômica global, com a disseminação da variante Delta do coronavírus e as preocupações em torno de um possível enfraquecimento da recuperação econômica. A recente volatilidade nos mercados financeiros e a instabilidade em algumas economias emergentes têm gerado preocupações sobre os rumos da economia mundial.

Diante desse panorama, as observações de Lisa Cook ganham importância para investidores, empresários e trabalhadores, que buscam orientação sobre as perspectivas econômicas nos Estados Unidos e seu impacto no cenário global. A postura cautelosa do Fed e a atenção à evolução da inflação e do mercado de trabalho são aspectos que serão acompanhados de perto nos próximos meses, à medida que a economia norte-americana e sua interconexão com as demais economias do mundo seguem em foco.

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