Inicialmente preso em 2014, Boldrini trabalhou enquanto esteve preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas e já cumpriu dois quintos da pena, o que lhe deu direito à progressão para o regime semiaberto. Ele estava utilizando tornozeleira eletrônica desde julho devido à falta de vagas no regime semiaberto na região metropolitana de Porto Alegre, mas se mudou para Santa Maria em setembro e teve seu processo redistribuído a uma vara local.
Em 7 de novembro, a 3ª Câmara Criminal respondeu ao pedido do Ministério Público e determinou a retirada da tornozeleira eletrônica de Boldrini. Conforme seu advogado, Ezequiel Vetoretti, Boldrini se apresentou espontaneamente ao Presídio Regional de Santa Maria para retirar o equipamento. O médico não tem emprego no momento e é obrigado a permanecer no presídio durante todo o dia, mas poderá sair para trabalhar quando conseguir um emprego. Sua intenção é se restabelecer na cidade onde seu filho e sua mãe estão sepultados.
Dos quatro condenados pelo caso do menino Bernardo, apenas Graciele, a madrasta de Bernardo, segue presa em regime fechado. Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, foi condenada a 22 anos e 10 meses de prisão e está em regime semiaberto desde 6 de maio de 2022. O irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão e está em liberdade condicional desde 2019.
Após a decisão da retirada da tornozeleira, Leandro Boldrini voltou a cumprir sua pena em regime semiaberto e agora aguarda a reintegração à sociedade após um período conturbado e cheio de questionamentos sobre a morte de seu filho. A questão sobre a culpa ou inocência dos envolvidos no caso continuará a despertar o interesse público e a comoção da comunidade.