Até duas horas antes da abertura dos portões, dezenas de estudantes aguardavam do lado de fora dos locais de prova. Na região central da cidade, a maioria preferiu antecipar o horário de chegada, principalmente por morar distante e ter que enfrentar longas horas de transporte público. A ansiedade era evidente entre os estudantes, tanto os mais confiantes quanto os mais tensos.
Maicon Santos, de 18 anos, veio de Teresópolis, na região serrana, para fazer as provas na capital. Ele declarou que o calor é uma preocupação, mas se preparou bem para a prova, principalmente para a de matemática, que lhe causa mais apreensão.
Kayene Leite, de 18 anos, moradora do bairro do Recreio, também relatou que se preparou com materiais disponíveis na internet, como Youtube, TikTok, além de revisar conteúdos com a ajuda dos professores do ensino médio. Ela enfrentou a prova munida de chocolates para dar uma energia extra diante do calor escaldante.
Além dos jovens que buscam ingressar na universidade, também há candidatos mais velhos, que estão buscando uma nova carreira ou realizando um sonho adiado. Andrea Costa, de 52 anos, que pretende cursar direito, é um exemplo disso. Após um processo difícil de mudança de vida, ela decidiu voltar a estudar e fazer o Enem.
Márcia Boaventura, de 51 anos, sonha em cursar medicina em uma universidade pública. Mesmo admitindo que não teve muito tempo para estudar, ela mantém a esperança de obter uma boa pontuação nas provas.
O calor intenso no Rio de Janeiro se mostrou como mais um desafio a ser vencido pelos estudantes que encararam o segundo dia de provas do Enem 2023. Mesmo diante das adversidades, a determinação e a esperança nos sonhos profissionais impulsionaram os candidatos a enfrentar a alta temperatura e se esforçar para alcançar um bom resultado.