Saída de estrangeiros e feridos de Gaza suspensa por segundo dia consecutivo após ataque de Israel a ambulâncias

As informações sobre a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza têm sido escassas nos últimos dias. As autoridades israelenses e egípcias têm se recusado a divulgar qualquer lista dos indivíduos que estariam autorizados a deixar o enclave palestino. Essa falta de transparência tem gerado uma grande preocupação, já que esta é a segunda vez consecutiva que nenhuma pessoa consegue deixar Gaza.

A suspensão das saídas ocorreu após um ataque de Israel contra ambulâncias em Gaza, que estavam sendo utilizadas para transportar feridos. Segundo a agência de notícias Reuters, este ataque provocou a interrupção do processo de evacuação dos estrangeiros e dos feridos do local. Autoridades egípcias, estadunidenses e do Catar se pronunciaram, afirmando que estão trabalhando para retomar a saída dessas pessoas após o incidente.

No sábado passado, foi divulgada uma lista com o nome de 599 estrangeiros autorizados a deixarem Gaza. Dentre essas pessoas, 386 possuíam passaporte dos Estados Unidos, 112 do Reino Unido, 51 da França e 50 da Alemanha. Esse foi o quarto grupo de estrangeiros ou residentes com dupla nacionalidade que teve permissão para ingressar em território egípcio, com a anuência do governo estadunidense.

O governo brasileiro também está empenhado em garantir a segurança de seus cidadãos na Faixa de Gaza. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou com o ministro do Exterior de Israel, Eli Cohen, no último dia 3. Segundo Vieira, Cohen assegurou que até a próxima quarta-feira, os brasileiros em Gaza terão permissão para cruzar a fronteira com o Egito.

Enquanto isso, um grupo de 34 brasileiros aguarda ansiosamente pela autorização para deixar o local. Eles estão divididos entre as cidades de Rafah e Kahn Yunis, no sul da Faixa de Gaza. De acordo com relatos de um brasileiro chamado Hasan Rabee, de 30 anos, as condições estão se deteriorando rapidamente. Ele afirmou que está se tornando cada vez mais difícil encontrar comida e que a água potável está escassa. Além disso, a falta de energia elétrica tem sido um grande obstáculo para o dia a dia dessas pessoas, que têm que cozinhar os alimentos em fogões a lenha.

Diante desse cenário desesperador, muitos residentes estão sofrendo com a escassez de alimentos e passando fome. Hasan Rabee ressaltou a gravidade da situação, destacando que a cada dia que passa a situação piora e as dificuldades se acumulam.

As autoridades competentes devem tomar providências urgentes para garantir a segurança e o bem-estar das pessoas na Faixa de Gaza. A falta de comunicação clara e precisa sobre as autorizações de saída tem gerado um sentimento de desamparo e insegurança entre os estrangeiros e residentes da região. É preciso agir o mais rápido possível para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo