Um dos brasileiros, Hasan Rabee, de 30 anos, teve um encontro aterrorizante enquanto fazia compras em um mercado na cidade de Khan Yunis, ao sul de Gaza. Ele presenciou uma bomba caindo próxima ao local. Em meio a esse cenário de guerra, fica cada vez mais evidente a necessidade de um cessar fogo e a busca por uma solução pacífica para o conflito.
Hasan, que vive em São Paulo, foi para Gaza com a esposa e as duas filhas para visitar a família, poucos dias antes do início do conflito. Ele relatou que a falta de água mineral e gás de cozinha tem sido um grande problema. Os preços aumentaram significativamente e a escassez desses produtos dificulta a vida das famílias na região. Além disso, encontrar frutas e outros alimentos frescos tem sido uma tarefa complicada.
A situação de Hasan e sua família reflete a realidade de outros brasileiros que estão presos em Gaza. A falta de recursos básicos como água potável e alimentos frescos torna a vida nessa região ainda mais difícil. Além disso, a falta de energia para refrigerar produtos perecíveis torna impossível o estoque desses alimentos.
Outro grupo de brasileiros, composto por 16 pessoas, está na cidade de Rafah. Shahed al-Banna, uma brasileira-palestina de 18 anos, informou que eles também fizeram compras recentemente, adquirindo produtos como farinha, óleo, azeite, verduras, queijos e shampoo.
O embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, afirmou que todas as famílias receberam recursos e estão comprando nos mercados locais. No entanto, a quantidade de mantimentos que entram em Gaza ainda é insuficiente para atender a população. Segundo o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU, os cerca de 20 caminhões com ajuda humanitária que estão entrando em Gaza diariamente representam apenas cerca de 4% do volume médio diário de mercadorias que entravam na região antes do início das hostilidades.
Diante desse cenário, é urgente a necessidade de maior apoio internacional e de uma ação coordenada para garantir que a população de Gaza tenha acesso adequado a alimentos, água potável e outros recursos essenciais. Somente assim será possível aliviar o sofrimento da população e buscar uma solução pacífica para o conflito.
