Secretário da Segurança de São Paulo defende contratação de policiais da reserva para atuarem como gestores de segurança escolar após segundo ataque a escola.

Após o segundo ataque a uma escola da capital neste ano, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, voltou a defender a contratação de policiais militares da reserva para atuarem como gestores de segurança escolar. Em uma palestra no COP (Congresso de Operações Policiais), o secretário afirmou que o projeto está bem encaminhado e só precisa da assinatura do governador Tarcísio de Freitas.

Segundo Derrite, existem atualmente 2.300 veteranos capacitados para exercerem funções administrativas nos quartéis ou como gestores escolares. Essa medida permitiria o aumento do efetivo policial para realização de rondas nas escolas. O secretário também ressaltou que esses veteranos seriam responsáveis por garantir a integração entre a segurança escolar e a educação, melhorando a prevenção de crimes.

No entanto, a quantidade de veteranos disponíveis está abaixo do número de escolas da rede estadual. Derrite afirmou que seria ideal ter um veterano em cada uma das 5.300 escolas, mas reconheceu que isso exigiria uma análise técnica, financeira e orçamentária. A decisão final caberá ao governador.

Enquanto isso, o governo de São Paulo anunciou a contratação de 1.000 seguranças privados para atuarem nas escolas do estado. O serviço terá início nesta sexta-feira e custará R$ 70 milhões por ano.

Sobre a relação entre o aumento de armas e os ataques nas escolas, Derrite afastou essa hipótese, apontando que o primeiro caso ocorreu com uma arma branca e o segundo com uma arma adquirida em 1994. Ele destacou que não é correto atribuir a culpa da criminalidade ao governo Bolsonaro e ressaltou que as armas ilegais apreendidas durante a Operação Escudo eram todas do mercado ilícito.

Esse debate sobre a segurança nas escolas se intensificou após uma série de ataques em diferentes regiões do país. Em Poços de Caldas (MG) e Cambé (PR), ocorreram ataques com facas e tiros, resultando em mortes e feridos. Já em Blumenau (SC), um homem invadiu uma creche e matou quatro crianças.

Durante sua palestra, Derrite também criticou benefícios concedidos a presos, como saidinhas temporárias, auxílio reclusão, visita íntima e progressão continuada. Além disso, ele fez críticas à imprensa, sugerindo que parte dela trabalha em prol do crime organizado.

A busca por soluções para garantir a segurança nas escolas é um desafio urgente a ser enfrentado pelas autoridades, visando proteger a vida e o bem-estar dos estudantes.

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