Mercado brasileiro aguarda votação de temas cruciais para economia e desenvolvimento do país antes de 2024, alerta relatório.

O Congresso Nacional brasileiro está sendo aguardado com grande expectativa pela sociedade e pelo mercado, pois há temas cruciais para a economia e o desenvolvimento do país que precisam ser votados antes do final de 2023. Entre os assuntos pendentes estão os projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo ano, além da tão comentada reforma tributária. Enquanto isso, o Brasil enfrenta problemas na arrecadação e tem aumentado suas despesas, o que ameaça a meta de zerar o déficit fiscal até 2024, de acordo com o Relatório do Acompanhamento Fiscal deste mês.

O relatório, divulgado pela Instituição Fiscal Independente (IFI), destaca que o país está passando por uma desaceleração na arrecadação, o que pode causar uma deterioração no resultado primário das contas públicas. Além disso, a espera pelas mudanças legislativas, especialmente a reforma tributária, está contribuindo para a incerteza no cenário econômico. A queda na arrecadação tem pressionado as contas do governo, principalmente devido à diminuição do recolhimento de impostos, às perdas nas empresas estatais e à redução da receita com recursos naturais.

Em relação às despesas, a IFI identifica que alguns componentes estão contribuindo significativamente para o aumento do gasto público, como o programa Bolsa Família, a Previdência Social e os gastos com pessoal. Até setembro deste ano, as despesas primárias do governo federal aumentaram cerca de 5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Isso dificulta o objetivo do governo de aumentar a arrecadação e zerar o déficit primário até 2024.

Porém, nem tudo são más notícias. O relatório ressalta que a inflação está em desaceleração e que o mercado de trabalho está favorável, com aumento da população empregada no setor formal da economia. Isso se deve, em parte, ao bom desempenho do setor formal, que cresceu 2% no segundo trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, o setor informal apresentou uma queda de 1,4%. A taxa de desemprego está relativamente baixa e o rendimento médio real também tem crescido, impulsionado pelo recuo da inflação.

Apesar desses aspectos positivos, é importante destacar que a geração de vagas na economia está desacelerando. A variação acumulada em quatro trimestres da população ocupada caiu de 7,4% no quarto trimestre de 2022 para 3,4% no segundo trimestre de 2023. Enquanto o emprego formal está acima dos níveis pré-pandemia, o emprego informal está praticamente no mesmo patamar.

Portanto, a situação econômica do Brasil requer atenção e ações do Congresso Nacional. A votação dos projetos da LDO e da LOA, bem como da reforma tributária, são fundamentais para o futuro do país. É necessário buscar um equilíbrio nas contas públicas, aumentar a arrecadação e fomentar o emprego formal, visando a recuperação econômica e a estabilidade fiscal até 2024.

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