Coronel Mário Victor Vargas Júnior assume como diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo após furto de metralhadoras

O coronel Mário Victor Vargas Júnior assumiu o cargo de diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri, após a demissão do tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista. A mudança na liderança da unidade ocorreu por determinação do comandante do Exército, general Tomás Paiva. A nomeação de Vargas Júnior foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (20).

A exoneração de Barata de Sousa Batista se deu após o furto de 21 metralhadoras do arsenal. Na última quinta-feira (19), oito armas foram encontradas no bairro da Gardênia Azul, no Rio de Janeiro, área de atuação de uma narcomilícia ligada à facção Comando Vermelho. A apreensão foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

A investigação sobre o furto das armas está em andamento. Segundo o general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, foram identificados militares suspeitos de participação no crime. Além disso, a possibilidade de envolvimento de civis está sendo investigada.

Os processos de organização militar estão sendo revisados para verificar as falhas que permitiram o furto e a retirada das armas de forma irregular. Dezenas de militares estão sendo investigados por possíveis falhas administrativas. Aqueles que tinham encargos de fiscalização e controle podem ser responsabilizados na esfera administrativa e disciplinar.

Um inquérito civil militar foi instaurado e pode levar os responsáveis pelo furto a julgamento pela Justiça Militar. Os militares temporários serão expulsos, enquanto os de carreira passarão por conselhos de justificação ou disciplina. Possíveis civis envolvidos também poderão ser julgados pela Justiça Militar.

Cerca de 160 militares estão aquartelados em Barueri e podem ser requisitados para ações ou nas investigações. A situação não é considerada prisão, e o Exército não informou até quando vai perdurar o aquartelamento.

A investigação também está analisando o funcionamento das câmeras de segurança do quartel e a dinâmica de como os armamentos foram retirados do local. Imagens e croquis estão sendo analisados para esclarecer os detalhes do crime.

O general Maurício Gama afirmou que o possível extravio das armas ocorreu entre os dias 6 de setembro e 10 de outubro. A principal suspeita é que o furto tenha ocorrido durante o feriado do Dia da Independência, em 7 de setembro, quando o quartel estava vazio.

Até o momento, ninguém foi preso relacionado ao furto das armas. A investigação continua em curso para identificar todos os envolvidos e esclarecer as circunstâncias do crime.

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