Embaixador palestino no Brasil pede o fim imediato dos bombardeios à Faixa de Gaza e responsabiliza potências ocidentais por permitirem agressões de Israel.

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, condenou o conflito iniciado no último sábado como mais um episódio da guerra que Israel começou contra a Palestina em 1948. Ele pediu o fim imediato dos bombardeios à Faixa de Gaza e culpou as potências ocidentais por permitirem que Israel não respeite os limites territoriais da Palestina estabelecidos pela ONU.

Alzeben descreveu o conflito como uma chacina e instou as potências ocidentais a impedir os ataques de Israel. Ele também comentou sobre a posição do governo brasileiro, afirmando que, embora respeite o posicionamento do Brasil, não concorda com os termos dos comunicados oficiais. O embaixador destacou o importante papel que o Brasil pode desempenhar como mediador do conflito, devido à sua amizade e respeito por ambas as partes envolvidas.

Questionado sobre o fato do Hamas não aceitar o Estado de Israel, Alzeben responsabilizou os sucessivos governos israelenses pela criação do grupo e pelas situações beligerantes que comprometem a paz na região. Ele enfatizou que, desde 1948, Israel, acompanhado dos Estados Unidos e algumas potências ocidentais, tem impedido o cumprimento do direito internacional e a criação de um Estado Palestino economicamente viável.

Sobre a posição do Brasil, Alzeben afirmou que o país poderia desempenhar um papel importante na mediação do conflito, principalmente por presidir atualmente o Conselho de Segurança da ONU. Ele expressou confiança de que o Brasil, como amigo de ambas as partes e com respeito internacional, poderia ajudar a acabar com o conflito.

O embaixador concluiu sua entrevista ressaltando a necessidade de um esforço coletivo da comunidade internacional para pôr fim à violência. Ele clamou pela intervenção imediata do Conselho de Segurança da ONU, apoiada pelas potências ocidentais, e pelo fim dos bombardeios e do fogo cruzado. Alzeben enfatizou a importância de se alcançar uma solução pacífica, respeitando as fronteiras e as relações diplomáticas entre as partes envolvidas, e destacou a responsabilidade da comunidade internacional em fazer cumprir o direito internacional e garantir a existência de um Estado Palestino.

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