União de forças para proteger a população feminina no Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher

A união de forças foi destacada como uma estratégia fundamental para proteger a população feminina no Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Em uma sessão solene realizada nesta terça-feira (10), deputadas, deputados, representantes do governo e da sociedade civil se reuniram para discutir a temática e apresentar estatísticas alarmantes sobre as agressões sofridas pelas mulheres, além de cobrar um maior investimento em políticas públicas que possam contribuir para mudar esse quadro.

Durante a sessão, foram elencados alguns avanços legislativos importantes, como as leis Maria da Penha e do feminicídio. No entanto, a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), autora de um dos requerimentos para a realização do evento, destacou que o Estado ainda demonstra uma ineficiência tanto na prevenção quanto no apoio às vítimas de violência. Ela ressaltou que existem diversas formas de desamor, que vão desde a simples desatenção até a pura crueldade.

Laura Carneiro também mencionou uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Datafolha, que revelou que em 2022, a cada minuto, 35 mulheres foram vítimas de agressões no Brasil. A deputada ainda listou os diferentes tipos de violência enfrentados pelas mulheres segundo a pesquisa: ofensa verbal, chutes e socos, ameaça com faca ou arma de fogo, lesão por objetos, esfaqueamento ou tiro.

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara, deputada Lêda Borges (PSDB-GO), lamentou que muitas mulheres ainda sejam vítimas de violência simplesmente por serem mulheres e cobrou um maior investimento em políticas públicas para combater essas agressões. Ela ressaltou a importância de garantir um orçamento adequado para o desenvolvimento de uma rede de proteção efetiva às mulheres vítimas de violência.

A deputada Yandra Moura (União-SE), coordenadora do Observatório Nacional da Mulher na Política, enfatizou os impactos da violência na vida das mulheres, como na saúde mental, e convocou diversos profissionais a se unirem na luta contra as agressões.

Durante a sessão solene, também foram ouvidos relatos de mulheres que sofreram violência. Glaucia Souto, da Associação Brasileira de Advogados, que foi agredida fisicamente pelo ex-marido dentro de uma delegacia de atendimento à mulher, cobrou ações urgentes contra a escalada da violência. Já Yara Rodrigues dos Santos, conselheira eleita presidente do Tribunal de Contas do Amazonas, relatou agressões sofridas por um colega durante o processo eleitoral e destacou a importância de denunciar os agressores.

Diante dessa realidade alarmante, é necessário que os poderes legislativo, executivo e judiciário, assim como a sociedade em geral, se mobilizem para combater a violência contra as mulheres. É imprescindível um maior investimento em políticas públicas, além de um fortalecimento das redes de proteção e um combate efetivo à impunidade. A luta contra a violência à mulher não pode ser negligenciada, é preciso uma ação conjunta para garantir a segurança e os direitos das mulheres em nossa sociedade.

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