Brasileiro Ranani Glazer é vítima fatal de ataque terrorista do grupo Hamas em festival de música em Israel.

O Itamaraty confirmou nesta terça-feira, 10, que o brasileiro Ranani Glazer morreu durante o ataque terrorista do grupo Hamas, em Israel, no último fim de semana. Ele era um dos três brasileiros desaparecidos após um atentado em um festival de música no sul de Israel, no sábado, 7.

Ranani Glazer, de 24 anos, era natural de Porto Alegre e vivia em Israel há sete anos, sendo cidadão brasileiro-israelense. Ele prestou serviço militar no país. O gaúcho namorava uma outra brasileira, Rafaela Treistman, que também estava no evento no momento dos ataques e sobreviveu. Ele estava na companhia da namorada e de um amigo quando foi visto pela última vez.

O pai de Glazer mora em Israel e a mãe, em Porto Alegre, de acordo com declarações do irmão do jovem ao portal de notícias GZH, do Sul do País. Ele vivia em Tel Aviv com amigos e trabalhava como entregador. E faria aniversário em três dias, segundo postagens de amigos.

Nas redes sociais, Glazer compartilhava publicações sobre a vida em Israel. Em uma fotografia em uma festa, em que ele aparece enrolado na bandeira do Brasil, o jovem escreveu “easy to find me on a rave” (“fácil me encontrar em uma rave”). Nas redes, o jovem também se mostrava um aventureiro, com passagem por diversos países. Fotos em Portugal, Amsterdã, França e Inglaterra foram publicadas no último ano.

Com gosto pela música, Glazer publicava diversos vídeos cantando e tocando violão. De acordo com postagens de seus amigos, o gaúcho, que gostava muito de frequentar raves, tinha o sonho de se tornar um DJ conhecido no Brasil.

Glazer e os amigos chegaram a fugir e se esconder em um abrigo ao ouvir os primeiros disparos. Ao deixarem o lugar em que se esconderam, porém, o amigo Rafael Zimerman e a namorada Rafaela já não sabiam o paradeiro de Glazer.

Ele chegou a gravar um vídeo diretamente de um bunker, onde se abrigou logo após o ataque começar: “Foi cena de filme”, disse, afirmando que precisou correr quilômetros para achar um lugar seguro para se esconder. “No meio da rave a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker agora, seguro”, disse.

Foram encontrados 260 corpos no local do festival de música no sul de Israel, que foi atacado pelo grupo Hamas. O paradeiro das brasileiras Bruna Valeani e Karla Stelzer também permanece desconhecido até agora.

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