Execução de três médicos em quiosque da Barra da Tijuca é classificada pelo ministro Flávio Dino como crime planejado

Três médicos foram assassinados na madrugada desta quinta-feira (5) em um quiosque de praia na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificou o crime como uma execução e afirmou que a Polícia está trabalhando com até três linhas de investigação.

Segundo Dino, os fatos indicam claramente que se trata de uma execução e não de um crime patrimonial. Ele não quis adiantar quais são as linhas de investigação, mas ressaltou a importância da presença da Polícia Federal no caso, já que uma das vítimas tinha relação com dois deputados federais.

A Polícia Federal está colaborando com a Polícia Civil do Rio de Janeiro na investigação do caso. Segundo investigadores ouvidos pela Folha, a Polícia Civil está investigando a possibilidade de execução dos médicos. Nas imagens das câmeras de segurança, é possível ver os criminosos disparando contra as vítimas e voltando ao quiosque para fazer mais disparos.

Foram recolhidos 33 estojos de pistola 9 mm no local do crime. Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf de Souza Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida foram mortos no local. Dois deles eram de São Paulo e um da Bahia. O grupo estava na cidade para um congresso de ortopedia.

Uma testemunha que estava no quiosque afirmou que não houve anúncio de assalto antes dos disparos e nenhum pertence das vítimas foi levado pelos criminosos. Mais testemunhas estão sendo ouvidas e as imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas para identificar o veículo utilizado pelos suspeitos. Os celulares das vítimas também foram apreendidos pela polícia.

Enquanto isso, o ministro Flávio Dino esteve em Salvador participando de um ato com o governador da Bahia Jerônimo Rodrigues. Durante o evento, ele inaugurou as obras de modernização da sede da Polícia Federal na Bahia, entregou simbolicamente a Delegacia da PF de Vitória da Conquista e assinou o termo de cooperação para implantação da Delegacia da PF em Feira de Santana.

Além disso, o governador e o ministro assinaram um acordo de cooperação técnica para a criação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Ilhéus e um acordo de transferência de recursos do Pronasci para a Bahia. A Bahia enfrenta um momento grave na segurança pública, com o acirramento da guerra entre facções, chacinas e escalada da letalidade policial.

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