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Multas para metroviários em greve podem chegar a R$2 milhões caso paralisação se estenda até quarta-feira

Nesta terça-feira (3), os trabalhadores do Metrô de São Paulo, juntamente com os funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp, iniciaram uma greve em protesto contra os planos de privatização das três empresas. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi a responsável por anunciar os planos de privatização.

Como medida para tentar garantir a continuidade do transporte público durante a greve, o TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) determinou que os funcionários do Metrô deveriam manter 100% da operação nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 80% nos demais horários, sob multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento.

No entanto, o juiz responsável pelo caso, atendendo a um pedido do Metrô, proferiu uma nova decisão nesta terça-feira. Caso a greve se estenda até esta quarta-feira (4) e os metroviários não estejam operando com os efetivos exigidos, a multa imposta será ampliada para R$ 2 milhões.

O desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira justificou sua decisão mencionando o descumprimento da ordem judicial por parte dos funcionários, o que caracteriza um desrespeito ao Poder Judiciário. O juiz também levou em consideração uma possível prorrogação do movimento grevista para o dia 4 de outubro de 2023.

Diante dessa situação, os funcionários do metrô estão reunidos em assembleia nesta terça-feira à noite para discutir os próximos passos da greve. A decisão tomada pela categoria terá impacto direto nas operações do metrô nos próximos dias.

A greve dos funcionários do metrô de São Paulo é uma manifestação contra os planos de privatização das empresas de transporte público. Os trabalhadores argumentam que a privatização prejudicaria os serviços prestados à população e resultaria em demissões em massa. A gestão Tarcísio de Freitas defende a privatização como forma de melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços oferecidos.

A continuidade da greve e a possibilidade de ampliação da multa imposta aos metroviários serão fatos acompanhados de perto pela população, que depende do transporte público para se locomover pela cidade.

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