A iniciativa de realizar essa audiência foi da deputada Silvye Alves (União-GO), que acredita na importância de ouvir as vítimas para compreender o impacto que essa violência gera na vida das pessoas. Segundo ela, é fundamental solidarizar-se com as vítimas e definir parâmetros que impeçam a perpetuação desses casos.
A pesquisa Nascer no Brasil revelou que 45% das mulheres entrevistadas afirmaram ter sofrido algum tipo de violência obstétrica no Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto esse percentual na rede privada ficou em 30%. Esses números alarmantes mostram a urgência de combater essa violência e garantir um atendimento digno e respeitoso às mulheres durante o parto.
A comissão, criada em março, tem como presidente a deputada Soraya Santos (PL-RJ) e como relatora a deputada Any Ortiz (Cidadania-RS). Desde a sua criação, a comissão tem se dedicado a investigar e propor medidas para combater a violência obstétrica e reduzir a mortalidade materna no país.
Como parte dos esforços para conscientizar a população sobre esse problema, a Câmara dos Deputados também disponibilizou um infográfico sobre violência obstétrica em seu site. O infográfico traz informações e dados relevantes sobre o tema, contribuindo para o debate e a busca por soluções.
A audiência pública realizada pela Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna representa mais um passo importante nessa luta. É fundamental que as vítimas tenham voz e sejam ouvidas, para que suas experiências possam contribuir para a definição de políticas públicas e a criação de um ambiente seguro e respeitoso para todas as mulheres durante a gestação e o parto.
A violência obstétrica é um problema que não pode ser ignorado, e é papel dos deputados e da sociedade em geral buscar soluções para proteger as mulheres e garantir que elas recebam um atendimento adequado e humanizado. A realização de audiências públicas como essa desempenha um papel fundamental nesse processo, possibilitando o diálogo entre vítimas, especialistas e legisladores, em busca de soluções para essa grave questão.