Como relator da CPI, Silva solicita a prorrogação dos trabalhos até o dia 11 de outubro, a fim de concluir as investigações sobre crimes envolvendo criptomoedas e outros ativos digitais que prometem lucros ilusórios. O pedido de prorrogação foi encaminhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira, pelo presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), e pelo próprio relator.
Um dos destaques da coletiva foi a constatação de um aumento significativo no número de pessoas prejudicadas pela 123milhas. Segundo Silva, mais de 1 milhão de pessoas foram lesadas pela agência, sendo 700 mil até dezembro e um número ainda não contabilizado para o próximo ano. O deputado afirmou que as quebras de sigilo revelam que a empresa é fraudulenta desde o seu início e que as irregularidades vão além dos planos promocionais, atingindo todas as formas de venda. Para Silva, a 123milhas é um “crime ambulante”.
Além das investigações sobre a agência de viagens, o relator também chamou a atenção para a necessidade de corrigir distorções no mercado relacionadas aos programas de fidelidade por meio de milhas ou pontos. Silva destacou o curto prazo de validade das milhas e a diferença significativa nos valores das passagens compradas com dinheiro real e com milhas. Ele argumentou que essa disparidade favorece as companhias aéreas em detrimento dos passageiros e defendeu a elaboração de um projeto de lei para solucionar essa questão.
Para embasar o projeto de lei, Silva se reuniu com representantes da Gol e da Latam, buscando dados técnicos e construindo um consenso para a elaboração da proposta. O deputado ressaltou que as companhias aéreas não estão sendo investigadas, mas sim participando ativamente da construção de um projeto que seja benéfico para o Brasil.
O trabalho técnico desenvolvido pela CPI das Pirâmides Financeiras foi elogiado pelo deputado Caio Vianna (PSD-RJ), que ressaltou a ausência de viés político-ideológico nas investigações.
Com a divulgação dessas informações, espera-se que a CPI possa prorrogar seus trabalhos e concluir as investigações de forma eficiente, trazendo transparência e regulamentações que protejam os consumidores e o mercado de maneira geral.