Governador do Rio se reúne com Ministério da Justiça para discutir combate ao crime organizado na Maré

O governador do Rio, Cláudio Castro, terá uma reunião nesta sexta-feira (29) com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para discutir ações de combate ao crime organizado no complexo da Maré. A expectativa é definir a atuação da Força Nacional na comunidade.

Nesta quinta (28), Castro se reuniu com representantes da segurança pública do estado para debater estratégias e definir os pontos a serem tratados com o governo federal. O objetivo é formar uma ação conjunta entre o RJ e a União.

A medida vem após a divulgação de imagens de criminosos em treinamento de guerrilha dentro de uma área de lazer no conjunto de favelas. O flagrante foi captado por drones da Polícia Civil do Rio, como parte de uma investigação que durou dois anos e identificou mais de mil criminosos que controlam a área.

Na gravação exibida pelo “Fantástico”, da TV Globo, é possível ver dezenas de homens armados simulando confrontos, inclusive com uso de bombas, ao lado de uma creche e cinco escolas.

No início da semana, Castro afirmou que a polícia poderá entrar na Maré e prender os criminosos. Ele prometeu também devolver a área de lazer à população.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, também comentou a situação no complexo da Maré e descartou uma intervenção federal. O governo federal, por sua vez, anunciou que oferecerá o envio de homens da Força Nacional de Segurança para combater o tráfico na região.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que o secretário-executivo Ricardo Cappelli irá discutir novas parcerias com o governo do Rio, incluindo a proposta de uso das polícias federais.

O Complexo da Maré abriga várias facções, como o Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro e milicianos. A região conta com mais de 140 mil moradores.

Uma pesquisa lançada pela ONG Redes da Maré mostrou que a exposição precoce à violência prejudica o acesso das crianças à educação e ao lazer, afetando seu desenvolvimento. O levantamento observou também que algumas escolas não utilizam suas áreas externas devido à proximidade com grupos armados.

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