Segundo informações da pasta, foram realizados 312 atendimentos em 2023, em comparação com 154 no mesmo intervalo de tempo no ano passado. As pessoas mais afetadas e que se encontram no grupo de risco são aquelas com mais de 60 anos, crianças menores de quatro anos e pessoas com deficiências cognitivas. Esse público possui uma capacidade reduzida de perceber ou comunicar quando está com sede e de regular a própria temperatura corporal.
Vale ressaltar que esses dados da Secretaria de Saúde não incluem informações de agosto e setembro. Considerando a tendência de aumento das temperaturas nesse período de primavera, é esperado um aumento ainda maior nesses números.
É importante destacar que o problema das altas temperaturas não é exclusivo do Brasil. A Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) registrou que agosto de 2023 foi o agosto mais quente já registrado em comparação com anos anteriores.
A previsão é de que o calor em São Paulo atinja seu pico nesse final de semana, marcando o fim do inverno e o início da primavera. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, os termômetros podem chegar a registrar 36ºC na tarde de domingo, 24. Isso representaria a temperatura mais alta do ano até agora, superando o recorde atual registrado nesta sexta-feira, com 34,7ºC.
Sem previsão de chuva, o sol deve predominar e manter o tempo abafado. A umidade do ar também está reduzida, com uma previsão de 23% para domingo, em comparação com 28% no sábado. Essa baixa umidade pode levar à concentração de poluentes no ar e aumentar os riscos de queimadas, agravando ainda mais os problemas de saúde, especialmente os respiratórios.
Para enfrentar esse período de altas temperaturas, os especialistas recomendam a ingestão de líquidos ao longo do dia, mantendo os ambientes bem ventilados e frescos, usando roupas leves e evitando fazer exercícios físicos nos momentos de maior calor. É fundamental também observar o comportamento do grupo de risco, como crianças e idosos, que podem apresentar sinais de desconforto e desidratação.
Os idosos merecem uma atenção especial, uma vez que têm mais chances de sofrer com a desidratação. Além disso, eles podem estar sujeitos a doenças como diabetes e hipertensão, que aumentam a perda de água através da urina devido à medicação. A diminuição natural das funções do hipotálamo, responsável pela regulação da temperatura corporal, também contribui para a desidratação em pessoas mais velhas, pois elas sentem menos sede e ingerem menos líquidos do que o necessário.
Sintomas como sonolência, fraqueza, tontura e dores de cabeça persistentes podem indicar desidratação e superaquecimento do corpo. Em bebês, a moleira pode apresentar uma leve depressão. É fundamental que qualquer pessoa que apresente esses sintomas, independentemente da idade, procure assistência médica imediatamente.
Diante de todo esse cenário, é imprescindível que a população esteja atenta aos cuidados com a exposição ao calor excessivo. É necessário se hidratar adequadamente, evitar longas exposições ao sol e buscar ambientes frescos e ventilados. A saúde e o bem-estar devem ser prioridade, especialmente em períodos de temperaturas extremas como o que estamos enfrentando.