Comissão de Educação aprova projeto de lei que estabelece prazo de 10 anos para qualificação de professores em educação especial

Na última quarta-feira (19/09), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece um prazo de 10 anos para que professores e assistentes que atuam em turmas inclusivas ou prestam atendimento especializado recebam formação em educação especial. Essa medida tem como objetivo beneficiar os profissionais da rede regular de ensino que trabalham com alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

De acordo com o projeto, a capacitação dos professores e demais profissionais da educação será realizada ao longo dos próximos 10 anos. A cada ano, 10% dos professores e demais profissionais da educação que atuam em classes inclusivas deverão passar por cursos de formação continuada. Além disso, 10% dos professores que fazem atendimento especializado deverão realizar cursos de especialização.

Além disso, a proposta também determina que o poder público estimule a criação de cursos de licenciatura específica em educação especial nos próximos 10 anos. Essas novas regras serão inseridas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Socorro Neri (PP-AC), ao Projeto de Lei 3129/15, proposto pela ex-deputada Clarissa Garotinho (RJ). A principal mudança feita pela relatora foi estabelecer o prazo de 10 anos para qualificar os profissionais.

Neri afirmou que essa proposta está em conformidade com a legislação educacional brasileira e com compromissos internacionais assumidos pelo país. Segundo ela, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o Plano Nacional de Educação e a LDB já determinam a necessidade de ter professores capacitados e disponíveis para atender à diversidade educacional.

Agora, o projeto tramitará na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e seguirá o rito de tramitação em caráter conclusivo. Os deputados irão analisar a matéria e, caso não haja decisão divergente entre as comissões ou recurso assinado por 52 deputados, não será necessário a deliberação no plenário.

Essa medida representa um avanço importante na garantia de uma educação inclusiva e de qualidade para todos os alunos. A capacitação dos profissionais é fundamental para que eles possam oferecer um ensino adequado e em conformidade com as necessidades individuais de cada aluno com deficiência.

É importante ressaltar que a inclusão é um direito garantido por lei e que a formação dos professores é essencial para assegurar essa inclusão de forma efetiva. Com um prazo estabelecido e a valorização da formação continuada, os profissionais terão a oportunidade de se atualizar e adquirir novas técnicas e conhecimentos, contribuindo assim para uma educação mais inclusiva e de qualidade.

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