De acordo com Madureira, o modelo de negócio da 123milhas dependia de um fluxo contínuo de novas compras no site, que acabou sendo menor do que o esperado. Na linha promocional, os clientes aceitavam flexibilidade de datas, o que tornava as passagens mais atrativas.
Apesar dos problemas enfrentados, Madureira afirmou que acredita na continuidade da empresa, que está em processo de recuperação judicial. Ele ressaltou a importância de manter a empresa em funcionamento para garantir o ressarcimento dos consumidores dentro do plano de recuperação, que será discutido entre os credores. O empresário também anunciou que os clientes que compraram passagens para 2024 também serão incluídos no plano de recuperação.
A 123milhas suspendeu a venda de passagens e pacotes da linha promocional em 18 de agosto e ofereceu vouchers como compensação aos clientes afetados. No entanto, a reação negativa dos consumidores e das autoridades públicas, além de movimentos de antecipação de créditos por parte de bancos e outros financiadores, levaram a empresa a entrar com o pedido de recuperação judicial.
A decisão de suspender a emissão de passagens e solicitar a recuperação judicial foi tomada visando garantir a continuidade do negócio. A empresa enfrenta desafios financeiros, mas tem como objetivo superá-los e honrar seus compromissos com os consumidores.
O caso da 123milhas chama a atenção para a importância de se ter cautela na compra de passagens aéreas promocionais em empresas online. É fundamental analisar a reputação da empresa, verificar a veracidade das ofertas e estar ciente dos possíveis riscos envolvidos.
Mais informações sobre o caso serão divulgadas em breve, à medida que a investigação da CPI das Pirâmides Financeiras avançar. A reportagem será atualizada com os novos detalhes e desdobramentos do caso.
Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Rachel Librelon