O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) foi o responsável por solicitar a realização desse debate. Segundo ele, mesmo que a ciência moderna tenha validado muitos dos remédios utilizados na medicina tradicional africana, ainda há uma falta de conhecimento sobre o conceito basal desse sistema medicinal entre a população em geral. Portanto, é necessário discutir e promover uma maior compreensão sobre esse assunto.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que existem 34 institutos de pesquisa em 26 países dedicados à investigação e ao desenvolvimento da medicina tradicional. Esses números reforçam a importância desse debate e a relevância desse sistema de saúde ancestral.
Alencar ressalta que o sistema de medicina tradicional africano é composto por três elementos essenciais: a substância medicinal ativa, as forças espirituais e o espírito humano. Para os africanos, a vida é encarada como um ato religioso, e a arte de curar faz parte da religião desses povos.
A audiência que debateu o Dia da Medicina Tradicional Africana ocorreu no plenário 12 da Câmara dos Deputados, a partir das 13 horas. Esse evento reuniu especialistas, pesquisadores e representantes da sociedade civil para discutir e trocar conhecimentos sobre essa prática ancestral de cura.
É importante destacar que a criação do Dia da Medicina Tradicional Africana visa valorizar e celebrar essa forma de cuidado e cura que tem raízes tão profundas na cultura africana. Além disso, é fundamental disseminar informações e promover debates como esse, a fim de combater preconceitos e disseminar uma visão mais ampla e inclusiva da medicina.
Portanto, a realização desse debate na Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados representa um passo significativo para a valorização e promoção da medicina tradicional africana no país. A partir dessa discussão, espera-se que mais pessoas possam compreender e reconhecer a importância e a eficácia desse sistema de saúde milenar.