A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprova a reformulação da Lei de Cotas, trazendo mudanças significativas.

Deputadas do Partido dos Trabalhadores (PT) e outros 52 deputados apresentaram o projeto de lei (PL) 5.384/2020, que busca reformular o sistema de cotas no ensino federal. A proposta foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) e seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A Lei das Cotas, estabelecida pela Lei 12.711/2012, prevê a reserva de vagas em instituições federais de educação superior e de ensino técnico de nível médio para estudantes oriundos de escolas públicas, pessoas negras, pardas, indígenas e com deficiência. No entanto, o projeto de lei propõe alterações nesse sistema.

Uma das mudanças propostas é a inclusão de estudantes quilombolas entre os beneficiados pelas cotas. Atualmente, os quilombolas não são contemplados na legislação vigente. Essa inclusão contribuiria para a promoção da igualdade racial e o acesso de comunidades tradicionais ao ensino superior.

Além disso, o projeto de lei também pretende modificar os critérios de renda e raça na destinação das vagas. A ideia é tornar o sistema de cotas mais justo e eficiente, garantindo o acesso à educação para aqueles que realmente necessitam. Os detalhes sobre essas alterações não foram divulgados, mas espera-se que sejam discutidos na Comissão de Constituição e Justiça.

O senador Paulo Paim, do PT-RS, foi o relator do projeto de lei na Comissão de Direitos Humanos e fez um parecer favorável à proposta. Agora, caberá à Comissão de Constituição e Justiça avaliar a legalidade e constitucionalidade do PL antes que ele seja encaminhado para votação no Senado.

É importante destacar que a Lei das Cotas está prevista para passar por revisão este ano, o que torna o projeto de lei oportuno e pertinente. A medida visa garantir que a legislação esteja adequada às necessidades atuais e às demandas da sociedade.

Em um contexto de desigualdades socioeconômicas e raciais no acesso à educação, as cotas são essenciais para promover a inclusão e a diversidade nas instituições de ensino. Portanto, é fundamental que o debate sobre o projeto de lei seja amplo e democrático, levando em consideração diferentes perspectivas e buscando construir uma legislação que seja justa e efetiva.

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