Comissão organiza debate sobre política de juros no país.

Nesta quarta-feira (30), a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados discutirá a política de juros no Brasil. O debate foi solicitado pelo deputado Marcos Tavares (PDT-RJ), que chama a atenção para o aumento significativo da taxa básica de juros da economia, a Selic, nos últimos meses. Segundo ele, a Selic acumulou um aumento de 588% no período de março de 2021 a agosto de 2022, chegando a 13,75% ao ano. Em agosto deste ano, houve o primeiro recuo da taxa em três anos, ficando em 13,25%.

De acordo com o deputado, esse aumento da Selic tem causado grandes problemas para a atividade econômica do país. As despesas com juros, tanto do governo com a dívida pública, como dos cidadãos com empréstimos e financiamentos, têm aumentado consideravelmente, o que tem afetado a economia como um todo. Isso pode ser comprovado pela queda do PIB no último trimestre de 2022, com a mesma perspectiva para o primeiro trimestre de 2023.

Para discutir essa questão, foram convidados representantes do Banco Central do Brasil e do Ministério da Fazenda, bem como especialistas na área. Entre os convidados estão a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, o economista e professor da PUC-SP, Ladislau Dowbor, e o diretor administrativo da Aepet, Fernando Siqueira.

O debate ocorrerá no plenário 4, a partir das 10 horas. O objetivo é analisar os impactos dessa política de juros no país e buscar alternativas para promover o crescimento econômico de forma mais sustentável. A redução da taxa Selic pode ser uma dessas alternativas, já que possibilitaria uma queda nos custos dos empréstimos e financiamentos, estimulando assim o consumo e o investimento.

O tema é de grande relevância, principalmente diante do atual momento econômico do país. Portanto, é fundamental que esse debate aconteça e que sejam encontradas soluções para os problemas decorrentes do aumento da taxa de juros. A expectativa é que os participantes possam apresentar propostas e encaminhamentos que contribuam para o desenvolvimento econômico do Brasil nos próximos anos. Espera-se que as autoridades responsáveis também estejam comprometidas em realizar as mudanças necessárias para impulsionar a economia de forma sustentável e equilibrada.

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