Patrick Abrahão desmente vínculo com a Trust Investimentos durante seu depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras.

Investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, o empresário Patrick Abrahão admitiu, em depoimento nesta quinta-feira (24), ser apenas um dos investidores e entusiastas da empresa Trust Investing, envolvida no esquema de criptomoedas que prometia lucros acima da média do mercado. Declarando-se um dos mais de 1 milhão de investidores lesados, Abrahão, que esteve preso por quase um ano, afirmou que aguarda a sentença da Justiça antes de decidir se irá processar a companhia pelos prejuízos sofridos.

A Trust Investing, com sede na Estônia, foi fundada por brasileiros e despertou o interesse da Polícia Federal, que investigou a empresa e prendeu seus principais representantes em outubro de 2022. Durante a CPI, Abrahão relatou que o site da empresa chegou a ficar fora do ar no final de 2021, alegando que era uma manutenção para instalar a tecnologia blockchain e proteger os sistemas contra ataques hackers. No entanto, em junho deste ano, o site parou de operar definitivamente, deixando milhares de investidores sem acesso aos ativos.

Durante o depoimento, os deputados Caio Vianna (PSD-RJ) e Alfredo Gaspar (União-AL) questionaram o envolvimento de Abrahão com a Trust Investing, citando postagens nas redes sociais onde ele demonstrava entusiasmo com os ganhos obtidos com os investimentos na empresa. Abrahão respondeu admitindo o uso das redes sociais para mencionar seus ganhos, mas negou ter convidado pessoas a investirem na Trust ou em qualquer outra criptomoeda.

Os deputados também questionaram se Abrahão considerava a Trust Investing uma pirâmide financeira. O empresário afirmou que não poderia responder, alegando que, até o momento em que a empresa funcionava, houve uma alta significativa no valor do Bitcoin. Ele afirmou que aguarda a sentença da Justiça para poder se posicionar de forma definitiva sobre o caso.

O depoimento de Patrick Abrahão na CPI das Pirâmides Financeiras foi marcado por questionamentos sobre o seu envolvimento com a Trust Investing e a responsabilidade pelos prejuízos sofridos pelos investidores. A expectativa é que a CPI continue ouvindo depoimentos e investigando empresas envolvidas em esquemas de pirâmides financeiras nos próximos meses.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo