Atualmente, a Embrapa tem enfrentado dificuldades financeiras e depende de emendas parlamentares para conseguir se manter. Para o próximo ano, 64 deputados e senadores garantiram pouco mais de R$ 30 milhões para a empresa. A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, ressaltou que a falta de recursos impede a empresa de aceitar convites de cooperação técnica. São diversos centros de pesquisa distribuídos pelo Brasil, que têm papel fundamental no desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico para o setor agropecuário.
Silvia Massruhá destacou que, ao longo dos últimos 50 anos, a área plantada no país cresceu 140%, enquanto a produção aumentou 580%. Esse avanço se deve, em grande parte, ao trabalho da Embrapa, que demonstrou ser possível produzir em regiões como o Cerrado. No entanto, a falta de investimentos e custeio para pesquisa compromete o futuro do agronegócio brasileiro. A presidente alerta para o impacto a médio e longo prazo caso a falta de recursos continue.
Diante deste cenário, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) propôs a proibição do contingenciamento dos recursos da Embrapa e sugeriu a criação de um programa para que os parlamentares possam visitar os centros de pesquisa da empresa. Essa iniciativa visa conscientizar os legisladores sobre a importância da Embrapa e assim garantir um maior apoio em relação à destinação de recursos.
Para fortalecer a causa, está sendo organizada uma Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Embrapa, liderada por Marcus Vinicius Vidal, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário. A intenção é unir esforços para garantir os investimentos necessários à empresa e assegurar o progresso do setor agropecuário brasileiro.
Em relação aos recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a presidente da Embrapa esclareceu que o valor de R$ 1 bilhão anunciado será direcionado para infraestrutura, não para pesquisa. Portanto, é fundamental garantir o orçamento necessário para que a Embrapa possa realizar suas atividades de pesquisa e inovação agropecuária, a fim de que o agronegócio brasileiro continue prosperando e contribuindo para a balança comercial nos próximos anos.