Durante a reunião, o relator Marlon Luz apresentou um resumo das conclusões do parecer, afirmando que o vereador Camilo Cristófaro praticou uma conduta incompatível com o decoro parlamentar e que sua fala foi racista. O vereador Rubinho Nunes comentou que o objetivo da Corregedoria era trazer uma resposta à Câmara e à população, e que problemas importantes que envolvem a conduta dos parlamentares devem ser resolvidos.
Um dos processos contra Camilo Cristófaro foi impetrado pela vereadora Luana Alves (PSOL) após o vazamento de um áudio durante uma reunião da CPI dos Aplicativos, no qual o vereador faz referências racistas a outra pessoa. Luana Alves afirmou estar aliviada com a decisão da Corregedoria, destacando que o racismo é grave o suficiente para implicar na perda de mandato.
Agora, a Corregedoria vai intimar pessoalmente o vereador e sua defesa, já que não estiveram presentes durante a votação. O caso será encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ) da Câmara Municipal, que avaliará a constitucionalidade do processo. Em seguida, o presidente da Casa, vereador Milton Leite (UNIÃO), enviará o processo para votação geral no Plenário da Câmara, onde o vereador acusado terá a oportunidade de se defender.
Durante a reunião, três vereadores justificaram seus votos. Aurélio Nomura afirmou que a conduta de Camilo Cristófaro foi inaceitável e configurou racismo estrutural. Silvia da Bancada Feminista defendeu a cassação do mandato, destacando que a fala do vereador teve cunho racista e violou normas internas da Casa e constitucionais. Já Sansão Pereira se absteve, afirmando ser contra o racismo, mas não favorável à cassação.
Todos os integrantes da Corregedoria estiveram presentes na reunião, que foi transmitida na íntegra. Agora, resta aguardar os próximos passos do processo de cassação do vereador Camilo Cristófaro.