Desfalque em empresa de criptomoedas impede pagamento de clientes, afirma sócio.

No último dia 17 de agosto de 2023, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, Carlos Eduardo de Lucas, sócio da empresa MSK Operações e Investimentos, revelou que a empresa foi vítima de um desfalque financeiro realizado por um funcionário. A MSK é uma assessoria de investimentos especializada em ativos de alto risco, como criptomoedas, e está sendo investigada por lesar cerca de 4.000 clientes.

De acordo com Carlos Eduardo de Lucas, a empresa decidiu encerrar suas atividades com criptoativos após sofrer perdas significativas devido às oscilações do mercado. Na ocasião, a MSK informou aos clientes que seriam ressarcidos. Mais de 80% dos clientes aceitaram o contrato de distrato para a devolução do dinheiro e um cronograma de pagamentos foi estabelecido. No entanto, o desfalque financeiro impediu a realização desses ressarcimentos.

Vale ressaltar que em 2022, a empresa já havia sido indiciada pela Polícia Civil de São Paulo por crimes relacionados a pirâmide financeira e publicidade falsa. Segundo informações de Carlos Eduardo de Lucas, a MSK foi fundada em 2015 e registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em 2021, a empresa teve uma receita bruta total de mais de R$ 300 milhões, com mais de 3.800 contratos ativos de investidores.

Durante a CPI, o deputado Julio Lopes (PP-RJ) questionou o outro sócio da empresa, Glaidson Tadeu Rosa, sobre a possibilidade de ressarcimento dos clientes lesados. Glaidson afirmou que, por meio de um rastreamento das criptomoedas feito por uma perícia independente, será possível executar o ressarcimento dentro do processo de recuperação judicial da empresa.

A CPI das Pirâmides Financeiras tem como objetivo investigar esquemas fraudulentos envolvendo criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo menos 11 empresas teriam realizado fraudes utilizando moedas digitais, atraindo vítimas com a divulgação de informações falsas e promessas de rentabilidade alta ou garantida, para manter o esquema de pirâmide.

É importante salientar que a CPI está empenhada em elucidar todas as irregularidades envolvendo essas práticas e buscar soluções para ressarcir as vítimas. Através do rastreamento das criptomoedas e do processo de recuperação judicial da empresa MSK Operações e Investimentos, espera-se que seja possível garantir o ressarcimento dos clientes lesados.

Continuaremos acompanhando o desenrolar dessa investigação e trazendo novas informações sobre o assunto.

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