Nascida em 1955, Piedad Córdoba se interessou ainda jovem pela política, quando se afiliou ao Partido Liberal colombiano. Seu primeiro cargo eletivo foi como vereadora de Medellín em 1988. Em 1994, ocupou pela primeira vez uma cadeira no Senado. Desde então, fez uma extensa carreira como congressista, eleita cinco vezes, inclusive no período atual, fazendo parte da bancada governista.
Em 2010, Córdoba foi destituída como senadora pela Procuradoria, chefiada por Alejandro Ordóñez. A acusação era de que ela colaborava com as FARC e por isso ficou impedida de exercer qualquer cargo público por 18 anos. Seis anos depois, o Conselho de Estado retirou essas restrições por falta de provas.
O envolvimento da política com as FARC foi sugerido pelos computadores do então chanceler da guerrilha, conhecido como Raúl Reyes, morto em 2008 em um operativo militar. No entanto, as informações não puderam ser judicializadas devido a falhas na coleta de provas. Em entrevistas recentes, ela expressou satisfação com o governo de Gustavo Petro, destacando as mudanças profundas e estruturais.
Apesar das controvérsias, Piedad Córdoba deixa um legado significativo na política colombiana, tendo aberto caminho para mulheres afrodescendentes e defendido incansavelmente a paz e justiça social em seu país. Sua morte é uma perda sentida, e seu impacto na história política colombiana permanecerá.