Vaticano autoriza bênção para casais do mesmo sexo e considerados “irregulares” pela doutrina católica

O Vaticano aprovou, nesta última segunda-feira (18), a bênção para casais do mesmo sexo e outros considerados “irregulares” pela doutrina católica, como casais no segundo casamento. O documento, assinado pelo Papa Francisco, destaca que estas seriam bênçãos não litúrgicas, ou seja, não seriam casamentos na Igreja.

Para muitos, a medida já é reconhecida como um grande avanço da Igreja Católica no que tange o respeito aos casais homoafetivos e a manutenção deles na religião. Toni Reis, diretor presidente da Aliança Nacional LGBTI+ e da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, manifestou contentamento com a decisão do Papa. Toni, que é católico apostólico romano, expressou sua alegria com a medida, ressaltando que a mesma igreja que, na Idade Média, através da Santa Inquisição, colocava as pessoas LGBTI+ na fogueira, agora concede a bênção aos casais do mesmo sexo.

Ele ainda relata que já está casado pela Igreja Anglicana há alguns anos, mas planeja buscar a bênção da Igreja Católica com o seu marido anglicano. Toni ressalta que a mudança da Igreja Católica é um grande incentivo para ter esperança em dias melhores, e parabeniza a instituição e o Papa Francisco por esta mudança histórica.

A decisão tomada pelo Vaticano marcou a história da Igreja Católica, uma vez que é a primeira vez que a bênção para casais do mesmo sexo e outras uniões consideradas “irregulares” é autorizada pela instituição. Apesar de ainda não ser considerado um casamento na Igreja, a permissão da bênção para casais homoafetivos representa um grande avanço no respeito e inclusão destes casais na comunidade católica.

Este avanço sinaliza uma mudança significativa na postura da Igreja Católica em relação aos direitos e aceitação da comunidade LGBTQIA+, e pode abrir precedentes para novas discussões e medidas inclusivas por parte da instituição religiosa. A autorização da bênção para casais homoafetivos representa um marco na história da Igreja Católica e reflete as mudanças sociais e culturais que estão ocorrendo no mundo, reforçando a importância do respeito e inclusão de todos os indivíduos, independentemente de sua orientação sexual.

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