Wayne Giang, professor assistente de engenharia na Universidade da Flórida, examinou a ligação entre o uso do telefone e lesões ao andar, destacando que as pessoas muitas vezes não estão cientes de quão distraídas ficam e de quanto a sua consciência situacional muda quando estão andando e usando um telefone. Além disso, os dispositivos podem causar o que alguns especialistas chamam de “cegueira inatencional”, o que pode reduzir a capacidade de perceber o ambiente ao redor.
A forma como as pessoas andam também é afetada. Estudos mostraram que as pessoas ao telefone andam cerca de 10% mais devagar do que os colegas não distraídos, ajustando reflexivamente como se movem. Isso pode atrapalhar o tráfego na calçada e ter efeitos negativos para a forma física, já que caminhar mais devagar pode reduzir a atividade física diária.
Além disso, olhar para baixo em um smartphone enquanto anda pode aumentar a carga colocada nos músculos do pescoço e das costas superiores, contribuindo para sintomas de “pescoço de texto” e reduzindo o equilíbrio, aumentando o risco de tropeços ou quedas.
O uso do telefone também pode interferir no humor das pessoas. Estudos demonstraram que o uso do telefone enquanto caminham pode levar a um aumento nos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e a efeitos psicológicos negativos, como menor conexão com o ambiente e sentimentos reduzidos de otimismo.
Diante dessas revelações, é importante que as pessoas estejam cientes dos perigos de andar distraídas, especialmente em locais como escadas, faixas de pedestres e terrenos irregulares. Parar para checar o telefone e evitar distrações ao caminhar são medidas recomendadas para manter a segurança.
Portanto, é fundamental que as pessoas reconheçam os impactos negativos do uso excessivo do telefone ao andar e busquem alternativas para garantir a sua segurança e a dos outros. A conscientização sobre esses riscos é o primeiro passo para promover a segurança no ambiente urbano.
