Um ano de Lula: semelhanças e diferenças em seu terceiro mandato frente ao cenário político e econômico do país

O presidente Lula (PT) chega ao final dos seus primeiros 12 meses de seu terceiro mandato com um cenário político conturbado e desafios que se assemelham e diferem de quando assumiu a presidência em 2003.

Com 20 anos a mais de idade, hoje aos 78 anos, o petista repetiu algumas estratégias na relação com o Congresso e oscilou entre um discurso de pacificação nacional e críticas a seu antecessor. No campo econômico, Lula manteve os sinais trocados de pregar investimento em áreas sociais como prioridade absoluta, mas ao mesmo tempo concedeu vitórias à ala do governo que preza pelo aperto nas contas públicas como forma de estabilizar a economia.

Diferentemente de 2003, desta vez o presidente encontrou um inimigo para culpar por eventuais problemas na condução da economia, o Banco Central chefiado por Roberto Campos Neto, indicado por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Em diversas ocasiões, Lula fez duros ataques ao presidente do BC por não reduzir a taxa de juros logo no início de seu mandato à frente do país.

Pessoas próximas ao presidente apontam mudanças na forma de governar, com um núcleo duro formado por ministros que foram decisivos em sua trajetória política e vitória eleitoral em 2002, sendo mais próximos e com mais liberdade. Atualmente os auxiliares têm grande diferença de idade para o presidente e se aproximaram mais recentemente do petista.

A relação de Lula com os outros Poderes também mudou, com indicações para o STF e PGR que demonstram mudanças de estratégia em relação a 2003. A ampliação de espaço para partidos do centrão no governo também se repetiu, com benefícios distintos em relação ao governo anterior.

Os desafios enfrentados por Lula em seu terceiro mandato refletem um cenário de mudanças na política e na economia, demonstrando a complexidade da governança em um país plural e desafiador como o Brasil.

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