O motivo da tensão recente entre os dois países foi a realização de um referendo sobre a soberania de Essequibo, em 3 de dezembro, na Venezuela. Isso gerou temores de um possível conflito armado entre os vizinhos.
Apesar disso, uma reunião entre os presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Irfaan Ali, da Guiana, em São Vicente e Granadinas, resultou em uma declaração conjunta que busca baixar o tom e resolver a situação de forma pacífica. Esta declaração, no entanto, foi violada pela chegada do navio ‘HMS Trent’, de acordo com as autoridades venezuelanas.
A Venezuela alega que Essequibo, uma região de 160.000 km² rica em recursos naturais, faz parte de seu território desde 1777, quando era uma colônia da Espanha. Eles se baseiam no Acordo de Genebra, assinado em 1966, que estabelecia as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899. Por outro lado, a Guiana pede a ratificação deste laudo pela Corte Internacional de Justiça (CIJ).
O navio ‘HMS Trent’ foi destacado para o Caribe para combater o tráfico de drogas, mas não tem planos de atracar em Georgetown, capital da Guiana, realizando, em vez disso, exercícios em mar aberto. O Ministério britânico da Defesa não confirmou a chegada do navio às águas guianenses, mas informou que o navio cumpriria “uma série de compromissos na região”.
Diante desses acontecimentos, a situação entre Venezuela e Guiana continua tensa e incerta, com ambas as partes buscando maneiras de resolver o impasse territorial. A presença do ‘HMS Trent’ adiciona mais complexidade ao panorama e acende preocupações de um possível conflito militar na região disputada. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar desses acontecimentos e espera que uma solução pacífica seja alcançada em breve.