O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, afirmou que o bombardeio tinha como alvo o Jaish al Adl e não cidadãos paquistaneses, contradizendo as alegações do governo do Paquistão. A agência de notícias iraniana Mehrnews defendeu a ação como uma medida necessária para proteger o país de uma ameaça à sua segurança.
Entretanto, o Jaish al Adl é classificado como grupo terrorista tanto pelo Irã quanto pelos Estados Unidos. Ainda em dezembro, assumiu a autoria de um ataque que resultou na morte de 11 policiais iranianos. Segundo Washington, o grupo tem como alvo principal o pessoal de segurança iraniano, além de realizar assassinatos, sequestros e ataques suicidas.
Diante desse contexto, é importante considerar as implicações políticas e de segurança que essa escalada de tensão pode ter na região. A situação já motivou ações diplomáticas por parte dos dois países, com o Paquistão convocando seu embaixador e impedindo a volta do diplomata iraniano, e com o Irã defendendo sua ação e alegando a legítima necessidade de proteger sua segurança nacional.
É necessário, portanto, que a comunidade internacional acompanhe de perto o desenrolar desse conflito e busque formas de mediação para evitar uma escalada ainda maior das tensões entre Paquistão e Irã, que poderiam ter repercussões significativas não só para a estabilidade regional, mas também para as relações internacionais como um todo. A situação demanda diplomacia e negociação, de forma a evitar confrontos que possam colocar em risco a segurança e a paz na região.